Parte IV Pode-se, pois, demonstrar que a Franco-Maçonaria
moderna e o ritual da Igreja descendem em linha reta dos gnósticos iniciados,
neo-platônicos, e dos Hierofantes que renegaram os mistérios pagãos, cujos
segredos perderam, sendo conservados somente por aqueles que jamais aceitaram
compromissos. Se a Igreja e a Maçonaria querem se esquecer da história de sua
verdadeira origem, tal não o fazem os teosofistas. Eles repetem: a Maçonaria e
as três grandes religiões cristãs herdaram os mesmos bens. As "cerimônias
e palavras de passe" da Maçonaria, e as orações, os dogmas e ritos das
religiões são cópias disfarçadas do puro paganismo (copiados e emprestados
prontamente pelos judeus), e da teosofia neo-platônica. Igualmente, as
"palavras de passe" empregadas hoje pelos MAÇONS BÍBLICOS,
relacionadas com "a tribo de Judá", os nomes de
"Tubal-Caim" e outros dignitários zodiacais do Antigo Testamento, não
são mais que aqueles aplicados pelos judeus aos antigos Deuses da plebe pagã;
não os Deuses dos Hierogramatas intérpretes dos verdadeiros mistérios.
Acharemos a prova disso no que se segue. Os bons Irmãos Maçons dificilmente
poderiam negar que, de nome, eles são SOLÍCOLAS, os adoradores do Sol nos céus,
onde o erudito Ragon via o magnífico símbolo do G.A.D.U., como o é seguramente.
A única dificuldade para ele estava em provar - o que ninguém pode fazer - que
o G.A.D.U. não era o Sol das quireras exotéricas dos PROFANOS, mas o SOLUS DO
GRANDE EPOPTAE. Pois o segredo dos fogos de SOLUS, o espírito que cintila na
Estrela Flamejante, é um segredo hermético, e a não ser que um maçom estude a
verdadeira teosofia, esse segredo está perdido para ele. Nem mesmo as pequenas
indiscrições de TTSHUDDI ele compreende. Hoje em dia, os maçons, com os
cristãos, santificam o dia do SÁBBAT e o chamam dia do Senhor; entretanto, como
qualquer um, ele sabem que o "SUNDAY" dos ingleses, ou o
"SONNTAG" dos alemães, significa o DIA DO SOL, como há dois mil anos
atrás. E vós, reverendos bons padres, sacerdotes e bispos que chamais tão
carinhosamente a Teosofia de "idolatria" e condenais, abertamente e
em particular, seus adeptos à perdição eterna, podereis vangloriar-vos de
possuir um simples rito, uma só vestimenta ou um vaso sagrado, seja na Igreja,
seja no Templo, que não tenha vindo do paganismo? Não; seria demasiado perigoso
afirmá-lo, não somente perante a história, como ante as confissões das
autoridades sacerdotais. As Origens do Ritual na Igreja e na Maçonaria 16
Recapitulemos, somente para justificar as nossas asserções. Du Choul escreve:
"Os sacrificadores romanos deviam confessar-se antes do sacrifício. Os
sacerdotes de Júpiter usavam um chapéu preto, alto e quadrado, o chapéu dos
Flamínios (ver os chapéus dos sacerdotes armênios e gregos modernos). A sotaina
negra dos padres católicos romanos é a hierocarace preta, a roupagem dos
sacerdotes de Mithra, assim chamada por ser a cor dos corvos (corax). O Rei
Sacerdote de Babilônia possuía um sinete que trazia no dedo, um anel de ouro.
Suas sandálias eram beijadas pelos potentados submissos a seu domínio; um manto
branco, uma tiara de ouro com duas pequenas faixas. Os papas possuem o anel de
ouro, as sandálias para o mesmo uso, um manto de cetim branco bordado de
estrelas de ouro, a tiara com as pequenas faixas cobertas de pedras preciosas,
etc... A vestimenta de linho branco (ALBA VESTIS) é a mesma dos sacerdotes de
Ísis; os sacerdotes de Anúbis têm o alto da cabeça raspada (Juvenal), donde deriva
a tonsura; a casula dos padres cristãos é a cópia da vestimenta que usavam os
sacerdotes sacrificadores dos Fenícios, vestimenta chamada CALÁRSIS, que, presa
ao pescoço, descia aos pés. A estrela dos nossos sacerdotes veio da vestimenta
feminina usada pelos GALLI, os dançarinos do Templo, cuja função era a mesma do
Kadashin judeu (para o verdadeiro termo, veja-se II Reis XXIII, 7); seus CINTOS
DE PUREZA vêm do EPHODE dos judeus e da corda dos sacerdotes de Ísis; estes
eram votados à castidade (sobre pormenores, ver Ragon)". Os antigos pagãos
usavam a água santa, ou lustral, para purificar suas cidades, seus campos, seus
templos e os homens; tudo isso se pratica hoje nos países católicos romanos. As
fontes batismais acham-se à porta de cada templo, cheias de água lustral e
chamavam-se FAVISSES e AQUIMINARIA. Antes de oferecer o sacrifício, o Pontífice
ou CURION (cura) mergulha um ramo de louro na água lustral para aspergir toda a
piedosa congregação; o que era então chamado LUSTRICA e ASPERGILIUM, é hoje chamado
hissope ou aspersório. Esse aspersório, nas mãos das sacerdotisas de Mithra,
era o símbolo do LINGHAM universal; durante os mistérios, era mergulhado no
leite lustral para aspergir os fiéis. Era o emblema de fecundidade universal; o
uso da água benta no Cristianismo é, portanto, um rito de origem fálica. Ainda
mais, a idéia subjacente nesse fato é puramente oculta, e pertence ao
cerimonial mágico. As purificações eram ultimadas pelo fogo, o enxofre, o ar e
os elementos. Para obter a atenção dos deuses celestes, havia o recurso das
abluções, e para conjurar e afastar os deuses inferiores, usava-se o
aspersório.
As Origens do Ritual na Igreja e na Maçonaria pg17
As abóbada das catedrais e igrejas gregas ou romanas são
muitas vezes pintadas de azul e juncadas de estrelas douradas, para representar
a abóbada celeste. Isso é copiado dos templos egípcios, onde o Sol e as
estrelas eram adorados. A mesma homenagem é feita ainda no Oriente, como na
época do paganismo, pela arquitetura cristã e maçônica.
Ragon estabelece plenamente este fato em seus volumes, hoje
destruídos. O "PRINCEPS PORTA", a porta do mundo, e do "Rei de
Glória" - nome pelo qual era designado o Sol e que é agora aplicado ao seu
símbolo humano, o Cristo - é a porta do Oriente, de frente para o Este, em todo
templo ou igreja. É por essa "porta de vida", a via solene por onde
entra diariamente a luz para o quadrado oblongo 6 da terra, ou o tabernáculo do
Sol, que o recém-nascido é levado às fontes batismais. É à esquerda do edifício
(o Norte sombrio donde partem os "aprendizes" e onde os candidatos
passam pela PROVA DA ÁGUA) que as pias batismais são colocadas hoje em dia, e
onde se achavam, na Antigüidade, as piscinas de água lustral, tendo sido as
igrejas antigas templos pagãos. Os altares da Lutécia pagã foram enterrados e
reencontrados sob o coro da igreja de Nôtre-Dame de Paris, onde ainda hoje
existe o poço onde era conservada a água lustral. Quase todas as grandes e
antigas igrejas do continente eram templos pagãos ou foram construídas no mesmo
lugar, em conseqüência das ordens dadas pelos Bispos e Papas romanos.
Gregório, o Grande, assim dá suas ordens ao frade Agostinho,
seu missionário em Inglaterra: "Destrua os ídolos, jamais os templos.
Borrife-os de água benta, coloque-lhes relíquias, e que os povos as adorem nos
lugares onde têm o hábito de o fazer". Consultemos as obras do Cardeal
Baronius em seus Anais do ano XXXVI, para achar sua confissão. "Foi
permitido - diz ele - à Santa Igreja APROPRIAR-SE DOS RITOS E CERIMÔNIAS UTILIZADAS
PELOS PAGÃOS NO SEU CULTO IDÓLATRA, pois que ela (a Igreja) OS REGENERARIA PELA
SUA CONSAGRAÇÃO. Nas "antiguidades gaulesas" de Fauchet, lemos que os
Bispos de França adotaram e usaram as cerimônias pagãs a fim de converter os
pagãos ao cristianismo. Isto se passou quando a Gália era ainda um país pagão.
Os mesmos ritos e as
mesmas cerimônias em uso hoje em dia na França cristã e em outras nações católicas,
serão realizados num espírito de gratidão e reconhecimento aos pagãos e seus
deuses?
6 Termo
maçônico, um símbolo da arca de Noé e da Aliança, do templo de Salomão, do
tabernáculo e do campo dos israelitas, todos construídos em "quadrados
oblongos". Mercúrio e Apolo eram representados por cubos e quadrados
oblongos, e dá-se o mesmo na Kaaba, o grande templo de Meca.
As Origens do Ritual na Igreja e na Maçonaria pg18
Parte V
Até o século IV, as
igrejas não possuíam altares. Até então, o altar era uma mesa colocada no meio
do templo para uso da comunhão ou repasto fraternal. (A Ceia, como missa, era,
em sua origem, dita à noite). Igualmente, hoje em dia, a mesa é posta na
"Loja" para os banquetes maçônicos no final das atividades da Loja,
nos quais os Hiram Abiff ressuscitados, os "filhos da viúva"
enobrecem os seus brindes pelo "fining", uma forma maçônica de
transubstanciação.
Chamaremos também de
altares às mesas de seus banquetes? Por que não? Os altares foram copiados da
ARA MAXIMA de Roma pagã. Os latinos colocavam pedras quadradas oblongas perto
de seus túmulos e as chamavam ARA, altar; eram consagradas aos deuses dos lares
e aos Manes. Nossos altares derivam dessas pedras quadradas, outras formas dos
marcos-limites conhecidos como Deuses - Têrmos, os Hermes e os Mercúrio, donde
vêm os Mercúrio
"QUADRATUS, QUADRÍFIDOS, etc...", os deuses de
QUATRO FACES de que as pedras quadradas são símbolos desde a mais alta
antiguidade. A pedra sobre a qual se coroavam os antigos Reis de Irlanda, era
um altar idêntico; existe uma dessas pedras na Abadia de Westminster 7, à qual,
além disso, se atribui uma voz. Assim, todos os nossos altares e tronos
descendem diretamente dos marcos-limites priápicos dos pagãos, os
Deuses-Têrmos. Sentir-se-á indignado o leitor fiel aos ensinamentos da Igreja,
se lhe ensinarmos que somente sob o reinado de Deocleciano os cristãos adotaram
o COSTUME PAGÃO de adoração em templos? Até essa época sentiam insuperável
horror aos altares e templos, e durante os primeiros 250 anos de nossa era os
consideravam uma abominação. Esses cristãos primitivos são mais pagãos que
qualquer dos antigos idólatras. Os primeiros eram o que são os teosofistas de
nossos dias; do IV século em diante se tornaram Helenojudaicos, gentios, tendo
a menos a filosofia neoplatônica. Leiamos o que Minitius Felix dizia aos
Romanos no 3º século:............................................Fonte: http://gleg.com.br/Livrospublicos/Helena_Petrovna_Blavatsky_-_As.pdf
7 Como um
dos mais preciosos tesouros da tradicional Inglaterra, vê-se na figura a
famosíssima "LIA-FAIL" ou PEDRA DA COROAÇÃO. Esta Pedra Sagrada, que
serviu de assento ao Trono onde são coroados os Monarcas ingleses, permaneceu
por séculos na Abadia de Westminster, em Londres, tendo sido há poucos anos
levada para a Escócia, que a reivindicava ardorosamente. A pedra atual, ao que
tudo indica, é uma réplica da verdadeira, depois que esta foi
"roubada" há alguns anos atrás, deixando o "ladrão" uma
enigmática sigla gravada a canivete na madeira do trono...
A Pedra da
Coroação é uma Pedra retangular, de cor avermelhada, e acerca da qual existem
inúmeras e estranhas lendas. Os escoceses sempre a reivindicaram a posse dessa
misteriosa pedra, durante o tempo que permaneceu na Inglaterra. Quando do seu
desaparecimento acima referido, foram os mesmos acusados como sendo o
causadores do rumoroso "rapto"... A origem da "LIA-FAIL",
no entanto, se perde na noite dos tempos, sendo objeto de veneração e orgulho
nacional, tanto para os ingleses, como para os escoceses. Sabese, entretanto,
que o rei Eduardo I, da Inglaterra, em suas conquistas, a retirou do mosteiro
de SCONE, levando-a para a Abadia de Westminster. O Trono da Coroação, na
Abadia de Westminster, em Londres, foi feito de carvalho, por Eduardo I, para
incrustar a pedra da coroação. A partir dessa época, os escoceses nunca
cessaram de lutar por sua reconquista, pois, para eles, a Pedra representa o
que de mais sagrado existe para sua pátria ultrajada. Recentemente, conseguiram
o seu intento. Por outro lado, para a tradição cristã, a famosa Pedra serviu de
cabeceira ao Patriarca Jacó. Segundo outros, no entanto, a Pedra foi trazida
por Moisés, quando de sua fuga do Egito, libertando o povo hebreu do cativeiro.
Daí a origem do nome "LAPIS FARAONI" com que a mesma Pedra é também
designada. Consta que Haitebeques, casado com Scot, filha do faraó, saiu em
busca da mesma e, apoderando-se dela, atravessou todo o Norte da África,
chegando à Europa. Na Galícia, fundou o reino, a cuja capital deu o nome de "Brigatium".
Em louvor à
Pedra, transformou-a em trono. A partir daí, todos os monarcas, seus descendentes,
passaram a ser entronizados sob a égide da miraculosa "Pedra da
Coroação". Um dos descendentes remotos de Haitebeques, ao colonizar a
Irlanda, mandou, juntamente com o seu filho Simão Brec, a famosa Pedra,
possibilitando, assim, a expansão do Reino. Segundo ainda outros autores, foi
esta Pedra que deu origem à Ilha "Fail", e era considerada como PEDRA
FALANTE, pois sempre falava quando era preciso designar o rei. Foi também
designada de "ANCORA VITAE". Há ainda a lenda relacionada com a Pedra
em questão, que transcrevemos aqui: "o pétreo pilar, no qual dormiu Jacob
em Bethel, foi trazido ao Egito; dali foi levado por Simon Breck para a
Irlanda. Lá, na montanha sagrada de Tara, tornou-se "LIA FAIL", a
"Pedra do Destino". Fergus, fundador da monarquia escocesa, levou-a
através do mar para Dunstaffnage; Kenneth II removeu-a para Scone". - Nota
do compilador, baseado em artigo adaptado de Roberto Lucíola (O Graal e as
Pedras Sagradas)
Lia Fáil
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Lia Fáil é um menir, monumento pré-histórico de pedra, irlandês situado no Hill of Tara, o qual, segundo a mitologia irlandesa, serve como pedra de homenagem ao Grande Rei da Irlanda desde o ano 500. Conforme a mitologia céltica, Lia Fáil foi trazida ao país europeu pelos Tuatha Dé Danann através das ilhas nórdicas.[1]
O menir foi vandalizado em duas ocasiões. A primeira foi em junho de 2012 quando foi acertada por um martelo em onze lugares diferentes; isso rompeu alguns fragmentos da pedra que não puderam ser recuperados. Na segunda vez, foi em 29 de maio de 2014, em que foi coberta por uma pintura negra em quase um terço de sua superfície.[2]
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