Destruição dos arquivos maias[editar | editar código-fonte]
Após ter tomado conhecimento de maias católicos que continuavam a praticar o "culto de ídolos", ordenou uma inquisição em Maní que terminaria com um auto de fé. Durante a cerimónia efectuada no dia 12 de julhode 1562, um número indeterminado de códices maias (ou livros; Landa admite 27, outras fontes falam de "99 vezes esse número") e aproximadamente 5 000 imagens de cultos maias foram queimados. Descrevendo as suas próprias acções, Landa escreveria, mais tarde:
Encontrámos um grande número de livros escritos com estes caracteres e, como não continham nada que não pudesse ser visto como superstição e mentiras do diabo, a todos queimamos, o que eles [os maias], muito lamentaram, causando-lhes grande aflição.
Apenas se conhecem três "livros" pré-colombianos em escrita maia (também chamados códices) e, talvez, fragmentos de um quarto. Colectivamente, estas obras são designadas como códices maias.
A inquisição de Landa submeteu os indígenas maias a um grau de abuso físico que muitos consideraram excessivo e que era, no mínimo, pouco usual. Inúmeros nobres maias foram encarcerados enquanto aguardavam interrogatório, e muitos nobres e populares maias foram sujeitos a interrogatório durante içamento. No içamento, as mãos das vítimas eram amarradas a uma corda que era, depois, esticada até o corpo se encontrar totalmente suspenso no ar. Por vezes, eram adicionados pesos de pedra aos tornozelos ou, ainda, chicoteava-se a vítima durante o interrogatório.
Alguns observadores contemporâneos sentiam-se incomodados com este uso alargado da tortura. Os indígenas haviam sido isentados da autoridade da inquisição por decretoda coroa, com o fundamento de que o seu entendimento do cristianismo era "demasiado infantil" para que fossem considerados culpados de heresias. Além disso, Landa dispensou muitos dos longos procedimentos formais e documentais que acompanhavam a tortura e interrogatórios espanhóis.
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