terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Retomamos ao assunto que tanto estudamos e deixamos para trás no ano de 2014.....

Destruição dos arquivos maias[editar | editar código-fonte]

Após ter tomado conhecimento de maias católicos que continuavam a praticar o "culto de ídolos", ordenou uma inquisição em Maní que terminaria com um auto de fé. Durante a cerimónia efectuada no dia 12 de julhode 1562, um número indeterminado de códices maias (ou livros; Landa admite 27, outras fontes falam de "99 vezes esse número") e aproximadamente 5 000 imagens de cultos maias foram queimados. Descrevendo as suas próprias acções, Landa escreveria, mais tarde:
Encontrámos um grande número de livros escritos com estes caracteres e, como não continham nada que não pudesse ser visto como superstição e mentiras do diabo, a todos queimamos, o que eles [os maias], muito lamentaram, causando-lhes grande aflição.
Apenas se conhecem três "livros" pré-colombianos em escrita maia (também chamados códices) e, talvez, fragmentos de um quarto. Colectivamente, estas obras são designadas como códices maias.
Imagem da página da Relación de las Cosas de Yucatán na qual Landa descreve o seu "alfabeto" maia, o qual se mostraria essencial na decifração da escrita maia conseguida em meados do século XX.
A inquisição de Landa submeteu os indígenas maias a um grau de abuso físico que muitos consideraram excessivo e que era, no mínimo, pouco usual. Inúmeros nobres maias foram encarcerados enquanto aguardavam interrogatório, e muitos nobres e populares maias foram sujeitos a interrogatório durante içamento. No içamento, as mãos das vítimas eram amarradas a uma corda que era, depois, esticada até o corpo se encontrar totalmente suspenso no ar. Por vezes, eram adicionados pesos de pedra aos tornozelos ou, ainda, chicoteava-se a vítima durante o interrogatório.
Alguns observadores contemporâneos sentiam-se incomodados com este uso alargado da tortura. Os indígenas haviam sido isentados da autoridade da inquisição por decretoda coroa, com o fundamento de que o seu entendimento do cristianismo era "demasiado infantil" para que fossem considerados culpados de heresias. Além disso, Landa dispensou muitos dos longos procedimentos formais e documentais que acompanhavam a tortura e interrogatórios espanhóis.

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